Trata-se de uma doença neurológica progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes. Há uma mudança da personalidade e uma necessidade de cuidados devido à perda de autonomia. A doença foi descoberta em 1907 pelo médico austríaco Louis Alzheimer. Na época sua contribuição maior foi dizer que o Alzheimer era uma patologia e não uma consequência do envelhecimento.

Entre as demências, a do tipo Alzheimer é a mais comum e é encontrada em quase dois terços de todos os casos. O início dos sintomas mais frequentes são esquecimentos e falhas da memória, bem como dificuldade de aprender coisas novas e dificuldade de encontrar as palavras para falar. Existe dificuldade de se lembrar de coisas que aconteceram há pouco tempo, e coisas que aconteceram antigamente são lembradas com facilidade. É comum nesta fase que o doente perceba e procure esconder o problema, podendo ficar mais isolados, tristes e pouco comunicativos.

A doença se agrava e atinge também as memórias antigas. Sequências de tarefas simples do cotidiano passam a ser difíceis de serem realizadas como vestir a roupa, por exemplo. Na fase tardia todas as funções cognitivas e de memória declinam. É a fase final da doença, onde as pessoas esqueçam sua própria história e quem elas são, perdendo sua identidade. Há pouca ou nenhuma fala e pouca compreensão do que é dito para elas. É a fase de total dependência e necessidade de cuidado constante.

É importante lembrar que do início dos sintomas até o estado mais grave podem passar muitos anos. Ainda não há cura para a demência do tipo Alzheimer, somente remédios que podem ajudar a diminuir os efeitos e o avanço da doença. Entretanto, há várias formas de ajudar as pessoas a viverem com mais qualidade de vida.

•  Criar um ambiente tranquilo e seguro;
•  Utilizar formas de orientação como calendários, relógios com mais frequência;
•  Adaptar e organizar o ambiente de acordo com as necessidades individuais;
•  Organizar o espaço de forma agradável e compreensível, sem mudanças para evitar confusões de localização;
•  Utilizar estímulos como fotos, lembranças, músicas que ajudem o doente a se sentir acolhido e em um ambiente conhecido e amoroso;
•  Manter a rotina é importante.

 

Fatores de Risco

O risco de ter Alzheimer aumenta com a idade e muitos idosos tem medo de ter a doença. O Ministério da Saúde divulgou os principais fatores de risco para a doença de Alzheimer.  Vamos conhecer?

Os fatores de risco são:

  • Idade
  • História familiar
  • Hipertensão
  • Diabetes
  • Obesidade
  • Tabagismo
  • Sedentarismo

Observe que não podemos mudar dois fatores: a idade e a história familiar. Por outro lado, a hipertensão, a diabetes, a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo nós podemos controlar e até mesmo evitar. É possível se cuidar e se prevenir contra o Alzheimer!

 

É mesmo possível prevenir a Doença de Alzheimer?

Embora possa existir uma predisposição genética para a Doença de Alzheimer, estudos mostram que alimentação inadequada com altos níveis de açúcar e gordura, falta de exercícios físicos e mentais e estilo de vida estressante podem ser fatores que ajudam no surgimento da doença. Assim, podemos pensar em algumas formas de prevenção:

  • Alimentação saudável, rica em frutas e verduras, ômega 3 e antioxidantes;
  • Manter o nível de açúcar do sangue controlado, evitando a diabetes;
  • Manter o colesterol controlado;
  • Manter a pressão controlada;
  • Manter o peso sob controle, evitando obesidade;
  • Realize atividades físicas com frequência;
  • Realiza atividades de memória e estimulação do cérebro: caça palavras, palavras cruzadas, jogo da memória, trava línguas, xadrez, sudoku, aprender a tocar um instrumento, aprender uma nova língua, viajar...
  • Mantenha uma vida calma e com bom humor, evitando o estresse. Pratique atividades que o auxiliem nisso como yoga, medicação, artes, jardinagem...
  • Fazer caminhos diferentes para ir a lugares conhecidos, fazendo com que o cérebro precise prestar mais atenção e fuja de comodidades;
  • Tenha hábitos de sono saudáveis.

 

Luciana Araújo Gurgel
CRP 11/08158

Formada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará. Pós Graduação em andamento em Psico-Oncologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Pós-Graduação em andamento em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Faculdade Estácio do Ceará. Psicóloga clínica, gestalt terapeuta. Atendimento de crianças, adolescentes, adultos e idosos. Atendimentos para casais. Psicóloga do Lar Torres de Melo.

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