Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Tem como objetivo alertar a população a respeito do suicídio no Brasil e no mundo, apresentando suas formas de prevenção. O evento acontece no mundo inteiro.
O suicídio é um problema grave. No brasil são aproximadamente 12 mil casos por ano, o que seria equivalente a 32 suicídios por dia, um suicídio a cada 40 segundos. Esses números são superiores às mortes por Aids e câncer; são superiores ao número de mortes de guerras. Deste total, a Organização Mundial de Saúde fala que 90% podem ser prevenidos. Vamos falar mais sobre suicídio para entender melhor?
A maior taxa de suicidas é do sexo masculino e as maiores taxas estão nos idosos com idade igual ou maior a 75. O motivo do suicídio nunca é único e deve-se analisar o contexto, os problemas físicos, emocionais e sociais que o idoso está enfrentando.
Existem fatores de risco para o suicídio no idoso que devemos prestar atenção: depressão, transtornos mentais e comportamentais, doenças graves, condições físicas limitantes, fatores socioculturais e econômicos e tentativa anterior de suicídio. Perdas de familiares, sentimento de inutilidade e solidão devem ser observados.
É importante que nós possamos entender mais sobre o suicídio para ajudar o idoso a se expressar, encontrar apoio e evitar o pensamento e o ato suicida.
Como podemos ajudar? Falar sobre o suicídio é uma importante forma de ajuda pois muitas vezes o idoso precisa falar, conversar, organizar os pensamentos e perceber que outras soluções são possíveis, e não apenas o suicídio.
É importante falar sobre o suicídio de uma forma natural, clara e séria. É mais simples do que pensamos e a dificuldade está em nossa cabeça: falar abertamente ajuda a pessoa que pensa em suicídio a perceber que é possível falar sobre isso e até mesmo resolver.
A seguir colocamos alguns mitos e verdades sobre o suicídio. Leia, conheça, procure um psicólogo se tiver pensamentos suicidas e oriente seus amigos a procurar ajuda quando perceber que eles precisam!
MITOS | VERDADES |
Pessoas que falam sobre suicídio não tem intenção de se matar, só querem chamar atenção. | A maioria das pessoas que fala sobre suicídio chega a se matar e a maioria que se suicida fala bastante sobre isso nas semanas antes. |
A maioria dos suicídios acontece repentinamente, sem aviso. | A maioria dos suicídios é precedida por discretos sinais comportamentais ou verbais. |
Alguém com propensão ao suicídio está determinado a morrer. | A pessoa em risco de suicídio apresenta ambivalência entre querer viver e querer morrer. |
Somente pessoas com transtornos mentais cometem suicídio. | O comportamento suicida é provável quanto há sofrimento intenso, insuportável, independentemente da existência de transtornos mentais. |
Conversar sobre suicídio pode encorajar o suicídio. | Conversar abertamente pode fazer com que a pessoa se sinta acolhida e tenha oportunidade de obter ajuda. |
Suicídio é um ato de covardia, coragem ou falta de Deus. | Suicídio é um ato de desespero, de quem já não percebe alternativas para lidar com a dor. |
Uma pessoa que pensa em suicídio pensará nisso e terá risco de se suicidar pelo resto da vida. | Ideações e pensamentos suicidas advém de uma mente em sofrimento e podem ser eficazmente tratados, tirando a pessoa de risco. |
Se a pessoa que é deprimida e pensa em se matar, aparece sentindo-se melhor num outro momento, o problema já foi resolvido e o risco passou. | É comum que pessoas que decidam suicidar-se sintam-se melhores e aliviados quando realmente tomam a decisão de se matar. |
É importante que o idoso em sofrimento possa contar com o apoio de uma equipe de saúde capazes de auxiliar no cuidado para que a tentativa de suicídio não ocorra. Escutar, observar e falar são os melhores remédios.
Texto escrito por:
Luciana Araújo Gurgel
CRP 11/08158
Formada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará. Pós Graduação em andamento em Psico-Oncologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Pós-Graduação em andamento em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Faculdade Estácio do Ceará. Psicóloga clínica, gestalt terapeuta. Atendimento de crianças, adolescentes, adultos e idosos. Atendimentos para casais.
Psicóloga do Lar Torres de Melo.

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